sábado
CHORAM AS LÁGRIMAS
CHORAM AS LÁGRIMAS
Desprendem-se as pétalas das rosas,
passado o tempo da época viçosa.
Assim se faz longe uma paixão,
quando fenece o amor de um coração.
Invade o espaço vazio, uma arraigada dor.
Cadencia os passos, num caminhar incerto.
Despenca o sentimento, infincando espinhos,
e as lágrimas choram, o choro do amor findo.
AMARILIS PAZINI AIRES
COMO A PRIMEIRA VEZ
COMO A PRIMEIRA VEZ
Ama-me, como se só eu existisse.
Enlace-me, na junção dos nossos corpos.
Beije-me, saciando o nosso amor.
Queira-me, como se fosse a primeira vez.
Desperte o meu amor, como nasce a madrugada.
Acorde os meus sentidos adormecidos.
Dissipe a névoa do sono primeiro.
Acenda-me, como o nascer do imponente sol.
Ama-me, como se fosse a primeira vez.
Traga a magia do encontro passado.
Busque as primícias esfuziantes,
Arraigando os sentimentos infindos.
Ama-me, e deixa eu te amar.
AMARILIS PAZINI AIRES
sexta-feira
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
Calam-se os alegres foliões
com a alma vestida de emoção,
os sonhos guardados no coração,
deixam os confetes, cairem pelo chão.
A fantasia sonhada e encantada
encontra logo outra morada,
cobrem-se, lavando a alma,
com as cinzas da festa findada.
Na cadência dos foliões em retirada
o olhar reflete a felicidade e a saudade,
calam-se as vozes, o samba emudece
e as máscaras vivas, retornam à realidade.
AMARILIS PAZINI AIRES
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